A vida de piedade pessoal – RV20 – Parte I
Verdadeiro tesouro da Igreja.
“A vida de piedade do congregado mariano se manifesta em alguns exercícios de piedade que se tornaram tradicionais, recomendados pelas antigas Regras Comuns, e continuam plenamente válidos realizados conforme as possibilidades e a moção interior do Espírito Santo em cada um”.
Regra de Vida nº 20 – Parte 1
Continuando nossa peregrinação pela Regra de Vida, passeando pela Vida Espiritual da Congregação Mariana, desta vez, em sua parte “B”, onde nos fala sobre os Exercícios de piedade próprios da Congregação Mariana, queremos alargar, com alguns comentários, a partir de documentos recentes da Igreja, a importância da piedade em nossa vida de consagrado.
Esta piedade possui uma força evangelizadora na vida de cada congregado, pois ao entrarmos na cultura de cada congregação (conforme as diversas regiões do Brasil), descobrimos que, cada um a seu modo, são agentes de evangelização e protagonistas na história. Algo que passa de geração em geração, tendo como fio condutor o Espírito Santo, que anima os Filhos de Maria, espalhados do Prata ao Amazonas.
A piedade, que pode ser vista, não raro, com desconfiança é objeto de valor após o Concílio Vaticano II, pois, o papa Paulo VI na sua Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi diz, que a piedade “traduz em si uma certa sede de Deus, que somente os pobres e os simples podem experimentar“; acrescenta também, o papa Bento XVI, ao dizer, que a piedade é um “verdadeiro tesouro da Igreja“.
Ainda, o Documento de Aparecida acrescenta, que a piedade vivida por nós congregados marianos é “uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e uma forma de ser missionário“. Veja nossa Romaria do Rosário, cada vez mais animada e participativa; quantos congregados animando a oração do terço, ladainhas, Pequeno Ofício de Nossa Senhora e outras iniciativas que acolhem Maria como intercessora de todas as graças.
Com esta certeza, o congregado precisa olhar com amor a piedade mariana, pois, só assim, poderá apreciar sua beleza. Quantos, na simples fé, se agarram no terço, outros na esperança contida numa vela que se acende, numa casa humilde, para pedir ajuda a Maria.
Assim, neste Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, vivamos em nossas congregações e divulguemos em nossos ambientes, com intensidade, a nossa piedade mariana, nem que seja, apenas o nosso simples cumprimento: – Salve Maria! Esta experiência “redime nosso pecado pela justiça e nossas iniquidades, pela piedade com os infelizes; talvez isto consiga prolongar nossa prosperidade” (Dn 4,24).
Salve Maria!
Eduardo L. Caridade