Congregado mariano se torna Bispo no Rio de Janeiro
Monsenhor Célio Calixto foi um dos fundadores da Congregação Mariana da UFRJ. Mais um congregado sagrado como sucessor dos apóstolos
Por Daniel Sabino, c.m.
A ordenação de um bispo é sempre uma alegria para Igreja. A de Dom Célio é para o congregado alegria ainda maior, pois desta vez nossas fileiras ganham mais um sucessor dos apóstolos.
No último sábado (22), arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), recebeu mais um bispo auxiliar. O congregado mariano Mons. Célio da Silveira Calixto Filho foi ordenado bispo com o lema: “Pro Hominibus Constituitur” (“Em favor dos homens”), expressão retirada do Livro de Hebreus (Hb 5,1)
TRAJETÓRIA
Segundo de quatro filhos do casal Célio da Silveira Calixto e de Maria Blandina Junqueira Calixto, o novo bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro nasceu no dia 8 de maio de 1973, na cidade mineira de Passos, na Diocese de Guaxupé.
Ainda na juventude mudou para a cidade do Rio de Janeiro. Ali ele ingresso na Universidade Federal do Rio de Janeiro para seguir o caminho profissional de seu pai, cursando engenharia mecânica.
A colação de grau no dia 24 de abril de 1996 lhe dava o diploma, mas impulsionado pela vivência católica na UFRJ, Deus lhe reservara um outro caminho a ser seguido, longe dos projetos de engenharia.
CONGREGADO MARIANO
Em 1995 um grupo de cerca de dez jovens passou a se reunir no Centro de Tecnologia da UFRJ, interessado em conhecer melhor o carisma da Congregação Mariana.
Entre os jovens estava Célio, que em outubro de 1995 se consagrou como congregado mariano, assumindo em seguida o cargo de secretário da primeira diretoria da Congregação Mariana da UFRJ.
Dos fundadores desta Congregação também sairia mais uma vocação sacerdotal: a do Pe. Márcio Marrocos de Araújo.
Em seu último ano da faculdade, Célio, ao participar de um retiro, sentiu o desejo de se doar mais, de trabalhar pela evangelização da juventude. Após fazer o devido discernimento, entrou no seminário.
SACERDÓCIO
Após cursar a filosofia na Faculdade Eclesiástica de Filosofia João Paulo II (1996-1997), e a teologia no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (1998-2001), foi ordenado diácono no dia 8 de dezembro de 2001, pelo Arcebispo Eusébio Oscar Scheid e, na Catedral de São Sebastião, foi ordenado sacerdote no dia 28 de setembro de 2002.
Ainda diácono, exerceu o ministério na Paróquia São José Operário, na Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré. Padre Célio também participou da fundação da Congregação Mariana da UFRJ, da qual funciona até hoje.
No terceiro ano como padre, teve dúvidas se sua vocação era de fato para a atividade pastoral ou se o seu lugar era na vida contemplativa. Foi quando fez, entre novembro de 2005 e dezembro de 2006, uma experiência no Mosteiro da Ordem Cisterciense, dos monges trapistas, da Abadia Nossa Senhora do Novo Mundo, em Campo do Tenente, no Estado do Paraná.
Confirmando que seu dom era destinado à vida de sacerdote secular, retornou à Arquidiocese do Rio de Janeiro em janeiro de 2007, quando foi provisionado vigário paroquial na Paróquia São Brás, em Campo Grande. Em maio do mesmo ano assumiu como pároco a Paróquia São Sebastião, em Bento Ribeiro.
De fevereiro de 2008 até setembro de 2012, foi diretor espiritual do Seminário Arquidiocesano de São José. Depois, foi transferido para a Paróquia dos Santos Anjos, no Leblon, onde permaneceu como pároco até maio de 2017 e, por último, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Tomás Coelho.
O Monsenhor Célio da Silveira Calixto Filho, de 47 anos, atual pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Tomás Coelho, e professor de Liturgia do Instituto Superior de Ciências Religiosas da Arquidiocese do Rio de Janeiro foi eleito pelo Papa Francisco, no dia 27 de maio, para o ofício de bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Sua ordenação episcopal se deu no dia 22 de agosto na Catedral de São Sebastião, no Rio de Janeiro.
Para o congregado mariano e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Célio, a vocação é um dom precioso: “um mistério do amor de Deus a ser cultivado por quem o recebe”. Segundo o recém ordenado, somos chamados e enviados como instrumento da misericórdia de Deus para tantas pessoas. “Foi o que nos motivou a escolher o lema da ordenação sacerdotal, e que desejo concretizar na nova missão como bispo auxiliar na Arquidiocese do Rio”.