Discípulo, Missionário e Consagrado.

Congregado Mariano:

CCMM9Continuando nosso artigo de 10 de março, aqui publicado, queremos avançar por mais alguns pontos do Documento de Aparecida (DA), desta vez pelos números 202 e 209, para tirarmos proveito a nossa vida, buscando como a Virgem Maria, bem amar e bem servir.

formação, algo tão importante, que os antigos congregados já diziam! “O cargo mais importante de uma Congregação Mariana é o do instrutor”, e este em cada congregação precisa estar focado nos documentos do Magistério, como o DA, voltado a nós latino americanos.

A “formação” precisa estar no centro das atividades das diversas congregações marianas, onde nos tornamos responsáveis uns pelos outros. A Igreja precisa de discípulos, aqueles que seguem e anunciam Jesus, com a própria vida, sendo exemplos para outros nos ambientes em que vivem; como necessita de missionários, ou seja, pessoas capazes de sair do comodismo e dialogar com o próximo, com o diferente, neste mundo plural. Aqui, entra o congregado mariano, discípulo missionário com um sinal diferenciado, por ostentar na sua vida um amor filial a Virgem Maria.

As congregações marianas, necessitam de pessoas engajadas, que possam eventualmente se encontrar e trocar experiências de seus modelos de formação, para confrontarmos nossos conhecimentos e verificar se estamos sendo promotores e animadores das congregações marianas, nos ambientes em que vivemos.

Para tal, as lideranças nacional e regional poderiam apontar iniciativas; encontros de discussão sob a liderança de sacerdotes que conheçam as Congregações Marianas, para neste sentido, vivermos um momento de diálogo aberto, buscando integração de todos; uma experiência de unidade em um único projeto de formação. Pois uma congregação mariana, que discute seus problemas, procura soluções; entendimento na diversidade, com certeza será uma congregação renovada, com chance de atrair outros a causa. Com imaginação, novas iniciativas irão surgir.

Há cinquenta anos, com a promulgação do Concílio Vaticano II, diretrizes eram apontadas aos leigos, como que são: “os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (LG 31). Acrescentava o Documento de Puebla (n° 786): os leigos são “homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja”.

Para nós congregados marianos, além de nos incorporarmos a Cristo pelo batismo e sermos povo de Deus, buscamos o MAGIS (mais), ou seja, nos consagramos a Virgem Maria, buscando na imitação da boa Mãe, estar mais disponível à Igreja; amando e servindo.

Vamos relembrar um trecho que proferimos a época da consagração: “… movido, contudo pela vossa admirável piedade e pelo desejo de vos servir, vos elejo hoje em presença de meu Anjo da Guarda e de toda a Corte Celeste, por minha especial Senhora, Advogada e Mãe e firmemente proponho servir-vos sempre e fazer quanto puder para que dos mais sejais também fielmente servida e amada“.

O congregado está a serviço de Nossa Senhora, ou seja, o congregado mariano deve na sua vida, imitar as Virtudes de Maria Santíssima. Como na Anunciação Ela se definiu “serva do Senhor”, permanecendo fiel, sendo uma verdadeira “discípula” de Cristo, e desta forma marcou sobremaneira o caráter de sua missão, que era viver em plenitude para Seu Filho.

Com esta reflexão, pensemos um pouco em nosso discipulado: Estamos realmente seguindo Jesus? Em nossa missão: Continuamos acomodados? Em nosso Magis (a Consagração): Em tudo estamos amando e servindo?

Continua…

Salve Maria!

Texto: Eduardo Caridade
foto: Congregados Marianos de Vila Kennedy/RJ