As comunidades da Igreja antiga

Surgimento da Paróquia

igrejas do apocalipseO Capítulo III um tanto quanto histórico, pois nos apresenta o “Surgimento da Paróquia e sua evolução”. Extenso o tema apresentado no Documento n° 100 da CNBB, mas vale conferir diante das mudanças de épocas, como as paróquias evoluíram até nossos tempos, e hoje, faz parte da Paróquia às Congregações Marianas.

O cristianismo dos três primeiros séculos vivia de forma clandestina no Império Romano. As comunidades sofreram perseguição e martírio e era um refúgio para cristãos que viviam numa sociedade de contrastes.

Aprofunda-se naquele contexto a ideia de fraternidade cristã, onde as comunidades sentiam-se responsáveis umas pelas outras. Seus membros se tratavam como irmãos e se distinguiam dos costumes pagãos, no cuidado e na assistência de viúvas, desempregados, presos, órfãos, velhos e doentes. As comunidades sustentavam muitas obras de caridade com a prática penitencial de jejum.

Naquela época, os primeiros cristãos viviam numa sociedade de valores estranhos, como o abandono de crianças recém-nascidas e a adoração aos deuses. Os cristãos eram grupos reduzidos. O sistema social era tão organizado que até os não cristãos poderiam receber ajuda.

A carta a Diogneto, dizia que a comunidade cristã estava no mundo, sem se identificar com ele; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põem a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem as leis estabelecidas, mas com sua vida ultrapassam as leis (…) são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo. (Carta a Diogneto, n° 5,5-13).

As Congregações Marianas no Brasil, em quase sua totalidade são paroquiais não dispensam este estudo, pois vale verificar o que passaram os que nos antecederam. São valores, que a luz do que praticamos hoje necessita ser identificado e refletido.

No próximo tópico estaremos partilhando sobre a “origem das paróquias”.

Salve Maria!

Eduardo L. Caridade