A cura do cego

A caminho de Jerusalém

site 1Jesus está a caminho de Jerusalém. Eis que, de repente, alguém sentado à beira da estrada, lhe interrompe a caminhada e grita por ajuda. É um cego e mendigo de nome Bartimeu. O filho de Timeu; que estava sentado, pedindo esmolas. Quando ouviu dizer que era Jesus de Nazareno que estava na comitiva, pediu-lhe que o curasse da sua cegueira, gritando insistentemente, “Jesus, filho de Davi, tem pena de mim”, para, assim, poder enxergar. Essa cura é o último milagre de Jesus, que Marcos narra em seu evangelho. Porém, Bartimeu ao gritar por socorro, muitos o repreenderam (Mc 10, 47-48). Seus gritos de súplica incomodavam muita gente, mas não a Jesus, que lhe dá atenção. O cego é símbolo de tantos homens e mulheres que se encontram à margem da vida sem ter alguém que os escute. São pessoas necessitadas de luz que as ilumine e as ajude a conduzir a vida, sem ficar à mercê de aproveitadores. Há, também em nossos dias, muitas pessoas cegas que não veem claramente o próprio rumo a seguir; a proposta do Mestre ainda não as atingiu; parece que a mensagem dele não está clara. Não aceitam uma igreja comprometida com os pobres. Mas o Senhor está permanentemente os vigiando, e certamente não os deixará sem uma resposta. O Céu foi feito com a palavra de Javé, e seu exercito com o sopro de sua boca. Ele represa num dique as aguas do Mar, e coloca os Oceanos em reservatórios. Porque ele diz a coisa acontece, ele ordena e ela se afirma. (Sl 33, 6-9). Portanto, com o Espirito de fé, confiança e caminhando junto de Maria, “Mãe de Jesus”, certamente seremos resgatados de qualquer naufrágio, “não importa o tamanho ou dimensão do abismo.” Salve Maria!

José Maria Cunha
Presidente da CNCMB